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22 novembro 2013

CR7 da PUB

O grande, o enorme, o inigualável Pedro Bidarra (um autêntico Bola de Ouro da Publicidade mundial, sem qualquer exagero) escreveu no Dinheiro Vivo este texto - brilhante, como é seu hábito - sobre o Cristiano e o Messi também mas sobretudo sobre aquilo que ele tão bem conhece e faz: não ficar contente senão com a excelência, deixar uma marca, ousar ser diferente, arriscar ser único, trabalhar trabalhar trabalhar.

Silêncio que o Sr. Bidarra vai falar:
"O Ronaldo é muito irritante. O modo como corre mais do que os outros irrita todos os que ficam para trás. O modo como festeja, à matador irrita os que, estocados, jazem por terra. O modo como olha, de viés, os repórteres que lhe fazem sempre perguntas previsíveis e imbecis, irrita. O modo como se exibe, escultural e em cuecas, em anúncios de roupa interior irrita tudo o que é balofo. O modo como se penteia irrita os carecas. O modo como é diferente irrita.
Ninguém faz nada de diferente sem irritar muita gente. Ronaldo não imita ninguém. Não imita Maradonas nem Pelés nem Cruijffs. Ronaldo é Ronaldo. Ninguém joga como ele joga; nem ele joga como alguém alguma vez jogou. Isto é ser original. Único. Nunca ninguém teve este estilo. Nunca ninguém correu como ele. Nunca ninguém bateu os recordes que ele bate todos os dias.
statu quo bem pode gostar mais do imitador do Maradona. E o imitador do Maradona é um bom imitador de Maradona. É quase igual ao que imita. Às vezes nem se distingue. É como aquela banda que imita os Pink Floyd na perfeição. Mas o Maradona não imitou ninguém. Nem podia. Tinha o corpo que tinha e um talento maior do que o corpo que suplantou. Criou o modo de ser Maradona, que hoje o imitador do Maradona do Barcelona imita.
Ronaldo nasceu com um talento que é grande. Ainda assim um talento mais pequeno que o corpo que tem ou que fez por ter. Um corpo magnífico, um animal, um cavalinho lusitano, como escreveu Manuel Fonseca no melhor texto sobre futebol escrito em Portugal nos últimos anos (leia aqui)."