Scolari
Comecei a ouvir falar nele quando o Brasil ia falhando a qualificação para o mundial de 2002, pela primeira vez na história. Nessa altura ele era contestado por todagente, com as suas escolhas e teimosias duvidosas. Nessa altura, quem pagou a factura, foi o génio, já veterano, Romário.
Na qualificação do Brasil, foi em vários jogos o salvador, com golos decisivos em períodos de enorme stress. Na altura da convocatória para o dito mundial, Scolari decidiu não contar com ele, o que causou enorme contestação por parte dos brasileiros. Com o risco de, caso falhasse no mundial, ser crussificado, Scolari lá partiu para a maior e mais importante competição de selecções do mundo.
E trouxe a taça para o Brasil...
Com um início frouxo, muito talento e alguma e necessária sorte, ele, conseguiu. Passou de imediato a heroi.
Veio para Portugal mais tarde, numa fase final da selecção em que mais se acreditou nos últimos tempos. Rapidamente se tornou polémico, desta vez por não chamar o senhor Baía, senhor do FC do Porto, e senhor da selecção nacional, desde sempre.
Euro 2004, o país mobilizado, a selecção fazia parte do pensamento português todo o santo dia.
1º jogo, 11 titular clássico, com o Porto de Mourinho no banco. Perdemos.
2º jogo, Scolari cedeu pela primeira vez,e fomos até à final com meia equipa de Mourinho, a praticar bom futebol.
Perdemos na final, golo com culpa dividida entre Ricardo e Costinha, e soube a pouco esse 2º lugar.
Seja como for, o povo português ficou claramente agradecido a todo o conjunto, e claro, a Scolari.
Mundial de 2006.
Lá vamos nós, novamente com polémica. Quaresma não vai, Nuno Valente em fase decadente vai, Costinha um ano quase parado vai, Pauleta sem agradar a muitos mantém a titularidade indiscutível.
Mais penaltys, depois de sofrer com a Inglaterra em 2004, a bom sofrer, desta vez mais penaltys...com a Inglaterra! Mais uma vitória, com lágrimas e uma emoção extrema. Ricardo brilha e torna-se o heroi com a voz mais afemeninada do planeta.
Jogo feio com a Holanda, record de cartões, nesse jogo senti-me capaz de matar o Costinha, no momento em que infantilmente foi expulso, e podia ter sentenciado a nossa campanha. E passámos!
Meia final, com a eterna França. Penalty quase duvidoso, e ficámos por ali. Ainda jogámos aquele jogo que ninguém quer jogar, do 3º e 4º lugar com a Alemanha, e claramente sem cabeça, perdemos o jogo e ficámos no 4º lugar o Mundial de 2006.
Mais uma boa prestação, que soube novamente a pouco.
Este acreditar em mais, este saber a pouco é (para além do já mencionado Queiroz) trabalho e mérito de Scolari, e temos de lhe dar isso. Na verdade já o critiquei muito, e há escolhas que acho realmente mal conseguidas, ninguém me tira da cabeça que com a França, visto o problema ter sido entrar na defesa Gaulesa, nos últimos metros do campo, o Quaresma, nem que fosse a partir dos 70min, podia ter desiquilibrado bem mais. Mas são pormenores.
Scolari merece apoio porque já nos deu o que nunca tive, futebol, glória, e esperança na selecção, tudo, sempre aliado a um factor que passei a acreditar, desde que vi alguns momentos da selecção de Scolari, o factor Sorte. Cheguei a sentir certeza que a Holanda não nos ia marcar, porque o senhor consegue sempre ter aquela pontinha extra de sorte.
Ele, e claro, o eterno Mantorras.
Obrigado por tudo Scolari, nunca pensei dar tanto o braço a torcer, mas os resultados demonstram que sabes o que fazes, e dificilmente teremos melhor.
Já agora, chateia-te com o Couceiro para ele ser corrido de uma vez por todas.
PS: Em 2008 traz a Taça sff...
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