28 março 2011

Típico de TODOS os presidentes de TODOS os clubes.

«a análise do plantel e o regresso de jogadores que estavam emprestados pode fazer com que não sejam necessários todos os reforços»

Começa bem o Godinho!

36 comentários:

Anónimo disse...

Calma aí com o "todos" os políticos. É muito fácil pôr tudo no mesmo saco, mas eu sou político eleito pela CDU e nunca fui assim. Nunca falhei com a honestidade, com a rectidão, com a integridade, com a responsabilidade. Não são todos iguais.

B. disse...

Era este novo título que queria escrever, o outro foi distração. Mas é talvez o pior timing do mundo para defenderes a classe política...
Há excepções em TODO o lado, mas a generalidade é o que temos.

Vitto Vendetta disse...

Então estás à espera do quê para fundares um partido novo? Pode ser que ganhes,se és assim tão honesto!

Anónimo disse...

Não há generalidade. Não foi a classe política que levou Portugal ao fundo, e continua a levar. Foram políticos com caras, nome e partidos bem definidos. Não façamos confusão neste domínio.

Não acredito, aliás, na existência de uma classe política. Os partidos políticos defendem os interesses das populações e das classes sociais que escolhem representar. Chamemos os bois pelos nomes, para que não haja dúvidas PS, PSD e CDS representam a classe social dos administradores e accionistas de BCP, BES, BPN, BPI, GALP, EDP, PT, SONAE, Jerónimo Martins, etc. Eu não pertenço a essa classe social, pertenço à classe social que tem que trabalhar todos os dias para ganhar um salário e ganhar a vida para si e para os seus. Classe social que está a ser roubada dia após dia para que esses BPIs e GALPs possam acumular ainda mais dinheiro para os seus donos.

continua...

Anónimo disse...

O meu partido é o tal partido novo: se encontrarem algum eleito do PCP ou da CDU que esteja a actuar politicamente contra os interesses das populações e das classes trabalhadoras, que esteja a exercer a actividade política em seu próprio benefício ou que esteja a realizar políticas em direcção a outros interesses que não aqueles que foram bem estipulados como objectivos antes da sua eleição, por favor, avisem…

Duas novidades que talvez desconheçam por aqui:
1 - os eleitos do PCP/CDU para cargos a tempo inteiro (por ex. deputados, presidentes de câmara, etc) continuam a receber o mesmo salário que auferiam no exercício da profissão anterior. Assim, se um professor que ganha 1000 euros por mês fôr eleito para um desses cargos, continua a ganhar 1000 euros por mês. É o princípio de não prejudicar e não beneficiar, e desta forma assegura-se que ninguém vai exercer estes cargos políticos por interesse próprio.
2 - os eleitos do PCP/CDU para cargos a tempo parcial (por ex. assembleia municipal, assembleia de freguesia) não recebem UM TOSTÂO pela sua actividade política. Nem um euro…

Afinal não são todos iguais…

continua...

Anónimo disse...

Eu, e o meu partido, não acredito, aliás, sequer na existência de uma classe política. Efectivamente, entendo que todos devem exercer o seu direito (e o seu dever) de participação política nos destinos e decisões que afectam as suas vidas e a sua comunidade. Podem e devem fazê-lo através da comissão de utentes do seu centro de saúde, através de associações de bairro, de associações de promoçaõ do debate, de grupos de reivindicação por justiça e condições de trabalho, da comissão de utentes das escolas e jardins de infância, da associação de utilizadores do eixo norte-sul, através de blogs, através da disponibilização para serem candidatos à vossa freguesia ou à vossa assembleia municipal, através dos sindicatos, etc, etc, o que quiserem... Todos devem ter parte nas decisões que afectam a sua vida, e isso é fazer política. Só que… isso dá trabalho e não dá dinheiro. Se algum dia estiverem dispostos a levantar-se do sofá depois de jantar para se deslocarem a uma reunião da comissão de utentes do vosso centro de saúde, verão quem é que está lá a trabalhar no duro pelo melhoramento das condições de vida dos seus pares, e estou certo que perceberão que afinal os políticos não são todos iguais.

Quando nos quiseram fechar as maternidades, fiz parte da comissão de utentes da maternidade; actualmente sou porta-voz da comissão de utentes da SCUT A23, vou às reuniões do sindicato discutir os problemas do ensino artístico e perceber como é que podemos melhorar o acesso de todos os alunos ao ensino artístico e as nossas condições de trabalho; sou eleito na Assembleia Municipal da minha cidade, onde mês após mês, tento em vão convencer o executivo e os restantes eleitos por outros partidos das coisas mais óbvias e do mais elementar bom senso, trabalhando no duro para ter as matérias preparadas e projectos de interesse público que melhorem as condições de vida de quem cá vive. E sabem quem encontro em todas estas iniciativas? Sabem quem se dá ao trabalho de ir às reuniões das comissões, de defesa dos serviços para as populações, de defesa das condições de vida das populações? Gente do PCP (e por vezes do BE, diga-se). Reuniões não remuneradas para lutar por condições de vida para as nossas populações: julgam que algum dia lá passa alguém do PS(D)/CDS? Não. É que não são todos iguais.

Para acabar a prelecção, dois poemas de brecht sobre o assunto:

O Analfabeto Político 

O pior analfabeto é o analfabeto político. 
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. 
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, 
do peixe, da farinha, do aluguer, do sapato e do remédio 
dependem das decisões políticas. 
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia 
a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, 
o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, 
pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.

Os que lutam
Há aqueles que lutam um dia; e por isso são muito bons; 
Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muito bons; 
Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda; 
Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis.

Este comentário foi escrito muito à pressa. Peço pois desculpa pelo atabalhoamento e por eventuais gralhas.

João Pedro Delgado

B. disse...

João Pedro, obrigado pelo comentário.

Sou adulto e já não tenho amigos imaginários. Da mesma forma que não acredito em Deus não acredito na filosofia comunista.

O que descreveste é um homem de enorme responsabilidade social e activo na vida política. Não fales parágrafo a parágrafo no teu partido porque não é isso que te define embora os comunistas olhem para o seu partido como uma religião, que como todas, tem enormes defeitos.

Sou muito prático e não consigo acreditar em algo que nunca tenha funcionado na vida "real". Da mesma forma que sei que há sindicalistas e presidentes de câmara comunistas como "os outros", tu sabes que uma "ditadura comunista" (perdoa-me a metáfora) nunca funcionou... Ou és como um rapaz que uma vez conheci da JCP me disse depois de eu vir de Havana qualquer coisa como "a qualidade de vida lá é idêntica à de cá..."? É que eu cá nunca vi comida racionada que nem para 2 jantares serve.

Adoro a minha liberdade e ser consciente do que faço para a sociedade. Não preciso de nada mais do que querer fazer para realmente fazer...

Abraço

Ricardo disse...

João Pedro,

Além da usual propaganda, gostei muito do teu comentário.

É verdade tudo o que dizes: é mais fácil generalizar, dizendo que "os políticos são todos iguais", do que fazer alguma coisa. É mais fácil, mais cómodo, não dá tanto trabalho e evitam-se chatices. E, sim, como escreve o Brecht, desligarmo-nos da política é um crime com outros contornos, acabamos cúmplices do que é decidio sem que tenhamos voto nem conhecimento na matéria.

Já agora, gostava de acrescentar à gente socialmente activa todos os que passam noites em rondas a distribuir comida e cobertores aos sem-abrigo, os que vão visitar idosos nas suas casas ou em lares, os que, de uma maneira ou de outra, deixam em casa o egoísmo e fazem pelos outros. Também isso é política.

Vitto Vendetta disse...

Blegh... Não me convences!

Anónimo disse...

Ricardo: exacto. Se bem que eu tendo a pensar que se se gastassem as energias caritativas a resolver as causas que as tornam necessárias talvez o mundo andasse mais depressa para a frente.

B: efectivamente, "uma ditadura nunca funcionou". Porquê escrever comunista? Acaso achas que uma ditadura de mercado funciona? Ou uma ditadura que se auto-intitule social-democrata?

Hitler dizia-se social-democrata e chegou ao poder através de eleições livre parlamentares: é a social-democracia que tem culpa dos milhões de mortos que ele causou? Podemos então chegar à conclusão que a democracia não resulta?

Porque é que a social-democracia - sistema que Guiné e Nigéria orgulhosamente ostentam - não é apelidada de utopia e comunismo é? Porque é que essa gloriosa sociedade de mercado (a do Egipto, a do Bangladesh, a da Colômbia) não é considerada uma utopia?

Só mais uma questão: o PCP não é O PCUS nem o PCCU. Tem um programa político próprio, que apresenta, sem escamotear nada a ninguém em todas as eleições e actos políticos. Vale a pena lê-lo, para ver se se encontra lá alguma referência a ditadura comunista ou a instauração de um outro regime em Portugal… E já agora, vale a pena ler, em geral, os programas políticos de todos os partidos antes de eleições. E ainda, é claro, escrutinar a sua actuação em conformidade, após serem eleitos...


Quanto a Cuba: a discussão seria muito longa. Sobre isso, deixo apenas um dado: o Índice de Desenvolvimento Humano não monetarizado (mede as componentes relativas ao acesso à saúde, educação, cultura, artes, habitação, nutrição saudável, bem-estar infantil e outra vertentes do viver humanizado das populações) de Cuba está em 17º lugar no mundo. É certo que não têm TVs topo de gama, nem telemóveis de última geração, mas não nos deixemos ofuscar pelo barulho das luzes: diz-nos a ONU que o IDH de Cuba está acima da Suíça, Bélgica, dinamarca, Itália, Estónia, Luxemburgo, Argentina, e , claro, de Portugal! Nada mau…

Muito mais haveria a dizer sobre todos estes assuntos, mas agora, sinceramente,, tenho mesmo que fazer!

abraços

jp

Anónimo disse...

Em Cuba, a comida não é racionada. É curioso o que dizes: é que em Cuba, para além da alimentação habitual de cada família, feita em casa, com base nos produtos comprados nos mercados, etc, o estado oferece a todos a garantia de que sejam cumpridas as normas internacionais de boa nutrição, principalmente infantil. Assim, de cada vez que o estado detecta que alguma família está sub-nutrida, integra-a num programa de apoio, em que oferece refeições contendo os nutrientes indispensáveis ao desenvolvimento humano.

Se isso fosse feito cá, talvez não houvesse gente a passar fome de cada vez que os produtos alimentares sofrem especulações de mercado…

Como disse o secretário-geral da ONU: há 17 milhões de crianças a passar fome: nenhuma está em Cuba. E talvez a maioria estejam em países que se dizem sociais-democratas ou de mercado livre! É curioso...

B. disse...

Quanto aos argumentos cubanos uso a tua expressão "não nos deixemos ofuscar pelo barulho das luzes".

A democracia e as leis de mercado são mais credíveis por uma simples razão...já resultaram na prática em "demasiados" países e culturas diferentes. Dás os maus exemplos e sabes (nem preciso enumerar) que existem muitos bons exemplos.

Sou apartidário e acredito em ideias. Pena cada vez menos poder acreditar em pessoas.

Cuba tem realmente uma coisa que é o poder da educação e da saúde. De tirar o chapéu e de mencionar que acho que são as únicas OBRIGAÇÕES do estado perante a sociedade. O resto deixar nas leis do mercado. No entanto se isso é bom, isso não chega.

Eu vi os pacotes que as pessoas levam para casa. Fome não passam mas nutridas andam QB, bens "mínimos" assegurados existe cá também fruto da solidariedade das pessoas. Cá também não morrem à fome.

Carlos Q disse...

Godinho Lopes parece figurinha menor de telenovela portuguesa!

Vitto Vendetta disse...

O que falta a TODOS os nossos partidos é competência. Aos nossos políticos é competência. O resto é mama para bezerro!

Anónimo disse...

ricardo:

não sou em exemplo, tenho um trabalho que me permite ter algum tempo para levar a minha vida de acordo com os meus princípios. envolve algum interesse da minha parte, mas também implica muitas falhas. é uma questão de tempo: esta aliás é uma das ténicas mais eficazes da sociedade de mercado - fazer com que as pessoas que trabalham não tenham tempo nem disponibildiade para serem activas (na política, nos problemas, consigo próprias, a fazer desporto, ir ver concertos, etc). Reduz-se a vida das pessoas ao trabalho e à televisão. E a culpa não das pessoas - quem trabalha 12 horas por dia, não pode ter cabeça para mais.

Não acho que a caridade seja política - a caridade é uma forma de atenuar os efeitos da má política. isso sim. e o problema é que é também uma forma de manter o status quo, escondendo muita da tragédia que o actual sistema político provoca.

não sei quê vendeta:
Eu sou político e sou competente. O meu partido é competente. Basta ir ler um pouco do seu trabalho, da sua actuação, dos seus programas políticos.

Vou dar um exemplo: o meu distrito não tem nenhum eleito na Assembleia da República pelo meu partido (Castelo Branco). E no entanto… o único deputado que tem vindo ao meu distrito com frequência para se dar conta dos problemas da região e os levar à assembleia da república é um deputado do PCP. É que, como o aprtido não tem nenhum deputado eleito pelo distrito, o PCP atribuiu a função de acompanhamento do distrito a um deputado eleito por outro círculo: ele vem cá, reúne com gente de todos os sectores sociais, toma notas, organiza documentos, leva problemas do distrito para a assembleia da república, fez um relatório da situação socio-económica do distrito, apresentou na AR um plano de emergência para o desenvolvimento do distrito, etc, etc. E isto cerca de 4 vezes por ano. Assim se faz política bem feita. Os deputados ELEITOS pelo nosso distrito (todos do PS e PSD), onde estão? Nunca puseram cá os pés…

Antes de dizer que somos incompetentes, vão ler as prestações de contas que damos ao país, as resoluções, os projectos de lei, a agenda de reuniões com diversos sectores sociais, o trabalho político intenso, desde a minha junta de freguesia até ao parlamento europeu. Estamos na sociedade de informação: mesmo que não apareça nos jornais, é possível saber de tudo isto e tomar conhecimento com todo este trabalho. Não há desculpas: só não sabe quem não quer. Não basta ver o telejornal da TVI e ler o Público. É preciso ver o que se passa à nossa volta, e isso não vem nesses órgãos de comunicação.

Roco disse...

Zzzzzzzzz...

Vitto Vendetta disse...

Podes até ser bastante competente, não ponho isso em causa, e pelo menos empenhado, és. Quanto ao teu partido tendo a discordar, pois já foram vários atestados de incompetência, sendo um dos principais aquela pequena guerra interna que "expulsou" vários membros renovadores por exporem e defenderem novas ideias. Se isso não tivesse acontecido, provavelmente neste momento estavam como 3º partido político, e com boas chances de até chegarem ao poder, se essas novas ideias fossem apresentadas.
Estamos fartos de ouvir falar em micro-empresas, estamos fartos de ouvir falar em Scuts, estamos fartos de ouvir críticos, políticos e comentadores do juizo prévio inactivo, que nada fizeram para mudar, ou se foram impedidos, foram pela própria máquina partidária.

Entende Anónimo, os partidos estão podres, e o bom no meio do podre, apodrecido fica.

Vitto Vendetta disse...

E eu não quero andar aí a cheirar a bacalhau!

Ricardo disse...

João, concordo que a vida muito atribulada não favorece o voluntariado mas não acho que chgue justificar-se apenas e só por isso. Quem quer fazê-lo, fá-lo, mesmo que muitas vezes à custa de abdicar de estar com as pessoas mais próximas ou de uma shorinhas de sono.

Quanto ao facto de não ser política, discordo. Quando falo em política, refiro-me a um conceito bem mais alargado do que aquele que é feito na Assembleia da República. Aliás, se há sítio onde se faz pouca política é precisamente na AR, onde, sempre que vemos aquele espectáculo degradante de "muitos bem" e gente a dormir, dá vontade de questionarmos a razão pela qual damos poder a alguns palhaçosç. Eu disse alguns. Sei bem que há quem trabalhe no duro, seja na AR seja nas suas Câmaras ou outros postos políticos. Mas temos de ser sinceros: se a classe política é desrespeitada e confundida num todo inapto é muito, provavelmente apenas, por culpa dos políticos.

Eu não sou partidário de nenhuma força política portuguesa. Já votei PSD, já votei PC, já votei Bloco. Prefiro ver as pessoas em vez dos partidos, uma vez que estes estão e estarão sempre condicionados à estratégia colectiva e esse facto, só por si, acho que é um dos entraves à boa política. Vermos numa votação 100 ou 200 pessoas votarem igual apenas e só porque essa é a directriz do partido, mesmo que algumas delas discordem, é o princípio da abolição de liberdade. Individual mas sobretudo humana. Outro factor que contribui decisivamente para o afastamento das pessoas e para o desinteresse geral nos trabalhos que se desenvolvem é a quase obrigatoriedade de um partido criticar as ideias do outro, mesmo que a concordância seja exista e contribua favoravelmente para o país. E isto não acontece raramente, é prática comum. Ora, que pior exemplo podemos ter daquilo que não é defender o interesse público?
Na Faculdade de Letras (pólo bastante fundamentalista, diga-se), fui uma vez convidado para ingressar numa lista de partidos de esquerda, mais extemistas. A quantidade de disparates que se dizem, que se pensam, a gratuitidade das medidas, numa clara busca pelo conflito pelo conflito, sem que haja bases concretas e fundamentadas para as ideias e acções foi algo que me fez definitivamente afastar-me de qualquer posição que envolvesse partidos. Tenho pena, porque gosto da ideia, mas os veículos para transmitirmos os nossos conhecimentos e os aplicarmos são muito frágeis.

DeVante disse...

"...Dás os maus exemplos e sabes (nem preciso enumerar) que existem muitos bons exemplos."

Mas não foi o mesmo que tu fizeste em relação a Cuba???

És "apartidário", mas não hesitas em posicionar contra o "comunismo" e a favor do "capitalismo"...aliás, nem outra coisa seria de esperar!

Mas, éh pah, assuma lá isso!!!

Agora, pensam lá um pouquinho e digam-me lá uma coisa:

- o que está a ser feito na Líbia é correcto?
E se algum país fosse bombordear Inglaterra para apoiar o IRA?

B. disse...

Cuba é um país que não é exemplo nenhum de sucesso geral. Como Cuba nenhum outro país dito comunista funciona. Vai lá, fala com as pessoas e diz-me se estão satisfeitas. As com quem falei tinha pânico sequer de falar do "sistema". Daí a tal ditadura comunista. Já os ditos capitalistas tens vários casos de sucesso no mundo inteiro.

Sou com unhas e dentes contra o comunismo como contra qualquer posição ditatorial, seja ela de direita ou esquerda. Tudo o que não é equilibrado serve para criar um espectro onde o melhor comprimento de onda estará sempre mais perto do meio do que das pontas onde tudo é branco ou preto.

O capitalismo não é um partido, sabes isso, não sabes? Posso portanto ser adepto do sistema gerido pelo capital e não ter nenhum partido "à partida".

pitons na boca disse...

Em Portugal quase não há política, apenas (quase só) "politiquice".

Anónimo disse...

o capitalismo não é um partido, de facto: só em Portugal são logo três!

jp

mago disse...

Antes de mais nada, um apontamento: estou prestes a dar o meu contributo para uma discussão política com um representante da CDU na Assembleia Muncipal de Castelo Branco numa caixa de comentários do Gordo. B., Médio: digam lá se alguma vez imaginaram uma destas.


De seguida, comecemos: compreendo a reacção do João Pedro em relação a generalizações que são/foram feitas em relação aos intervenientes na vida política - chamemos-lhes assim já que, paradoxalmente, existe uma qualquer questão relativa à utilização da palavra "classe". Traçando um paralelo futebolístico (que é para isso que este tasco existe), a mesma coisa acontece comigo quando leio noutros blogs / caixas frases do estilo "os lampiões agora aplaudem" não sei o quê, ou "para vocês o Hulk foi bem suspenso" etc e tal. Mas a verdade é que generalizações deste género, podendo não fazer sentido no que toca a opiniões individuais, têm o seu fundo de verdade quando nos queremos referir a um conjunto de pessoas. Por exemplo, no meu grupo de amigos os sportinguistas referem-se aos benfiquistas como "a malta dos andaimes". E ainda que isso não seja verdade (todos neste grupo vimos de backgrounds similares), eu entendo isso como um aspecto comum da identidade benfiquista, e que prezo bastante. Aliás, ainda há umas semanas atrás o Ricardo (que, pelo que escreve e pela forma de escrever também não me parece que seja "dos andaimes") expõe brilhantemente a experiência completamente contra-natura que foi experimentar o elitismo no próprio Estádio da Luz, no seu piso 1. No fundo: as generalizações podem ser, e muito, perigosas - se exacerbadas e/ou fora do contexto - mas terão o seu fundo, ainda que muito profundo, de verdade.

Em relação à questão-comunismo: eu, sendo de direita (ainda que não partidário), tenho momentos em que quase consigo gostar dos comunistas enquanto adversários no espectro político. A intensidade que põem nas suas convicções, aliada a todo o trabalho que conseguem desenvolver junto do "proletariado" (para generalizar, novamente) e que o João Pedro tão bem exemplifica são, arrisco dizer, únicas e permite-lhes mais do que falar de cor. Mas depois conseguem fazer sempre alguma coisa para estragar tudo - e os comentários do João Pedro não fugiram à excepção. Como é que uma pessoa que escreve como tu (permite-me o trato - "camarada" :P) escreves, que participa activamente em tantas iniciativas e se preocupa com as pessoas pode depois repetir soundbytes como "há 17 milhões de crianças a passar fome: nenhuma está em Cuba"? Aliás, citar Brecht sendo comunista é em si mesmo repetir soundbytes... (ok, esta foi uma piada só para aligeirar a coisa).

Mas no fundo é isto que me causa comichão com os comunistas: o facto de conseguirem ser válidos e marcarem a diferença nas tais iniciativas junto do homem-comum, e depois não poderem / quererem criticar aquilo que pode e merece ser criticado por estar relacionado com a sua ideologia. Contra-atacar os outros sistemas ("talvez a maioria [de crianças a passar fome] estejam em países que se dizem sociais-democratas ou de mercado livre!") por si só soa-me um bocado à conversa dos adeptos portistas quando citam "o João, pode ser o João Ferreira!" e não piam em relação ao Pinto da Costa y sus cafés con leche. Para que não restem dúvidas: o Holodomor ou o Grande Salto não se deram em países sociais-democratas - e antes que me acusem de ir buscar "eventos históricos", a fome da Coreia do Norte só ainda não tem designação.

E pronto, era "só" isto.
Cheers!

PS - os caracteres da minha verificação de palavras: "bilis". Achei que valia a pena partilhar.

Anónimo disse...

A resposta não está nem mto à esquerda nem mto à direita....está no equilíbrio ao centro. Existem coisas na esquerda que são boas e existem coisas na direita que são boas. Ibdem para as más! O problema é que não conseguimos ter uma classe política que entenda isto. Apenas querem a solução rápida (agradar mais depressa a quem lhes dá o dinheiro) e não se preocupam com o longo prazo. Mas não se enganem...a classe politica é espelho do povo.

Anónimo disse...

São todos iguais porque vota-se sempre nos mesmos. Dispersão de votos é a solução.

Erk disse...

Esta merda, em tempos, foi um blog de bola.

Depois meteram videos do Futre e agora descambou para a política. (Curioso porque o discurso do Futre fez-me recordar algumas tiradas do ...Jorge Jesus. Mas desse a lampionagem não faz vídeos)

Ó B., tão mas não era o Bruno de Carvalho que era o Vale e Azevedo e o Godinho o tal que dava luta ao Benfas?

Sabes o que eu acho?

FODASSSSSSS!

Abraço.

Anónimo disse...

olhó o rui unas numa montagem da conferÊncia do futre:

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=8IcJ4PUqD9A

muito bom!

Vitto Vendetta disse...

Durante quanto tempo vamos continuar a pagar a dívida do BPN? Durante quanto tempo vamos pagar as dívidas que os outros Bancos acumulam diariamente? Vamos continuar sem fazer nada? Foda-se, deixemos o trabalho, vamos para a rua diariamente , em frente aos bancos. Recusemos-nos a pagar dívida. Queremos as cabeças dos gestores incompetentes pagos a peso de ouro. Deixemos de pagar impostos! Não vão prender 10milhões!

Anónimo disse...

Vendeta: estou contigo. Por mim tenho lá estado, na rua, em todas as manifs. Uma coisa, ainda por causa daquilo dos partidos serem todos iguais: qual foi o único partido que votou clara e inequivocamente contra a nacionalização ruinosa do bpn?

DeVante disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
DeVante disse...

É o "equilíbrio", o "centro", que transformou Portugal no país que é hoje...

Ninguém decide, fica tudo no meio, no politicamente correcto...

Viver no comunismo não é fácil, como não o é viver no capitalismo...alías, só é fácil viver no capitalismo quando o alcance dos nossos olhos apenas chega ao nosso próprio umbigo.
Desde que esteja tudo bem comigo, desde que tenha o meu emprego, o meu ordenado, os filhotes na escola, comida à mesa e uma criada para as lides...tudo bem, o outro que se amanhe...

Há quem ache isto pouco! Há quem ache que todos (ou a maior parte) deviam ter, pelo menos, o que comer todos os dias, educação e acesso aos cuidados básicos...são opções!

Sobre a bola, que é disso que este blog deveria falar, ouvi Queiroz na TVI sobre Luis Horta e os procedimentos da ADoP e, de repente, veio-me à memória o afastamento do Kenedy do mundial, sendo substituído por Hugo Viana.
Como Deus não dorme (olha, Deus existe), o maior flop do futebol português foi isso mesmo, um gigantesco flop...

Portugal é um nojo!!!

Asprilla disse...

Esta troca de comentários está muito interessante... se saltarmos o que diz o comuna, claro!

Anónimo disse...

"os partidos estão podres, e o bom no meio do podre, apodrecido fica."
Exacto! Nada mau pra um gajo que só costuma dizer bacoradas.

Só uma nota, para os distraídos: o comunismo também não é "um partido". É um sistema, que nem sequer prevê, à partida, um sistema ditatorial.

Vitto Vendetta disse...

Anónimo, se não compreendes o hip-hop, enterra a cabeça como os kangurus!

Anónimo disse...

nem quando concordam contigo consegues evitar, não é?