11 outubro 2008

Sport Lisboa e IKEA

Em dia de Suécia x Portugal, quero aqui prestar homenagem a uns quantos suecos que, há uns anos atrás, me trouxeram muitas alegrias lá do frio. Muito obrigado meus senhores. E já agora, que mais logo Portugal ganhe. Vocês sabem que não é nada pessoal.


Mats Magnusson - Jogou no Benfica entre 1987 e 1992, jogou 121 jogos e marcou 64 golos.

Foi um grande ídolo para mim numa altura em que eu era um puto-charila e ainda achava que o meu sonho de um dia vir a ser jogador de futebol profissional pelo Benfica e pisar o relvado do velhinho Estádio da Luz numa tarde de sol com a multidão ao rubro era perfeitamente possível.

A impressão que causou em mim foi de tal forma forte que cheguei a levar uma fotografia dele para o barbeiro, para que ele me fizesse um corte igual ao dele. Não fui o único, lembro-me que na altura muitos miúdos louros como eu andavam com aquela espécie de variação do tradicional corte-à-tigela.

Ainda por causa dele, quando comecei a jogar federado, usei uns calções de licra manhosos para imitar estes que ele usa aqui na fotografia (e costumava usar sempre), sem saber muito bem para que é que aquilo servia. Acho que nunca me ajudaram para nada mas deu um enorme estilo na altura.


Jonas Thern - Jogou no Benfica entre 1989 e 1992.

Não tenho muito para dizer sobre este senhor mas lembro-me que naquela zona do terreno ele mandava. Sempre. Era um muro e só permitia ter a bola à sua frente.


Stefan Schwarz - Jogou no Benfica entre 1990 e 1994, jogou 77 jogos e marcou 7 golos.

Jogava sempre no limite. Tinha uma garra impressionante e uma aplicação em cada jogo que cansava até o telespectador. Nunca mais me esqueci dos seu cortes de carrinho. Uma espécie de imagem-de-marca. Eram duma limpeza impressionante e cada vez que ele se lançava no ar para os fazer eu achava que ele ia acertar em cheio nas pernas do adversário e ver o mais que justo cartão vermelho, mas invariavelmente eram cortes legais e tão limpos como a água mineral sueca.

P.S. - Muito embora não seja feito da mesma cepa que os exemplos anteriores, houve ainda este outro sueco que me deixou muito boas memórias. Era certinho, cumpria tudo o que lhe dissessem em termos tácticos e parecia nunca desistir de um lance. Acima de tudo, menciono-o aqui porque sempre achei que ele foi muito mal aproveitado durante os anos que, tão humilde e aplicadamente, representou o Benfica.

Anders Andersson - Jogou no Benfica entre 2001 e 2004, jogou 49 jogos e marcou 1 golo.

4 comentários:

Miguel Nunes disse...

faltou o enorme Stromberg

MédioCriativo disse...

pb,

Tens razão, ele merecia (e muito) estar aqui. Só não o mencionei porque eu pouco me lembro de o ver jogar. Acho mesmo que só o devo ter visto jogar uma ou duas vezes ao vivo, se tanto.

No entanto, obrigado pela lembrança e justa homenagem ao grande Stromberg!

Abraço,
MC

Cair e Levantar! disse...

também se podia homenagear o Erickson,já que estamos em "onda sueca"

Anónimo disse...

Todos eles fabulosos. Mas o que mais me encheu as medidas desses tres foi, sem dúvida, o Thern.

Mas, reafirmo, todos eles eram excepcionais, cada um ao seu jeito.