26 novembro 2008

O cão do Pavlov sou eu

Por motivos que agora não vêm ao caso, este ano eu tenho deixado o meu carro estacionado no parque subterrâneo do Colombo sempre que vou ver um jogo ao Estádio da Luz.

Por motivos que agora também não vêm ao caso, mas que se prendem com a Senhora Dona Crise, ao contrário do que era meu hábito, não tenho ido muito mais vezes ao Colombo para além disso.

Por motivos que esses então nada vêm ao caso mesmo, mas que se prendem com o Pai Natal, ontem tive mesmo que ir ao Colombo (apesar dos assuntos pendentes com a dita Srª. Dona estarem ainda longe de resolvidos).

O que vem ao caso é que assim que me apanhei a caminhar por aquele parque fora, com aquele cheirinho a monóxido de carbono a entrar-me pelos pulmões adentro, comecei a salivar como o cão do outro. De repente imaginei-me de cachecol e auricular no ouvido. O cartão de sócio no bolso.

Já estava a sair à pressa pela rampa por onde os automóveis entram quando a minha mulher me deu um calduço e me fez acordar do transe.

2 comentários:

mago disse...

Muito bom ;)

São os rituais particulares de quem vai ao estádio, cada um tem o seu mas todos os têm. E chamar pavloviano à coisa é bem capaz de ser um understatement.

RA disse...

querias!!!