04 dezembro 2008

À chupa

Para fechar definitivamente o tema SportingxBarcelona, deixo um breve apontamento sobre o golo (acho que foi o 0-3) que o Messi marcou depois de alguém (eu estava muito longe e não levei o transístor) lhe ter passado a bola marcando um livre enquanto toda a gente estava ainda a gritar com o árbitro, a puxar as meias para cima ou as caneleiras para o lado.

Eu sei que aquilo não viola as regras. Eu sei que não é falta. Eu sei que os jogadores do Sporting não deviam ter sido tão tenrinhos e que se aprende desde os iniciados formas de se evitar situações daquelas. No entanto acho aquele golo e todos os golos daquele género completamente abomináveis principalmente quando são marcados por equipas do calibre do Barcelona.

Eles não precisam daquilo. No meu entender, a grandeza dum Clube também o obriga a uma determinada conduta fora do campo, dentro do campo e dentro da cabeça de cada um dos jogadores que veste aquela camisola. Este foi um golo "à chupa", como dizemos eu e o meu irmão. Porque quase conseguimos ouvir o jogador que marcou o golo a virar-se para o adversário e gritar "CHUPA!" enquanto esmurra o ar com o seu punho cerrado. E o Barcelona é grande demais para isto.

Se fosse o meu Estrela da Amadora, cheiinho de salários em atraso, em pleno Camp Nou a tentar fazer pela vida e com a hipótese de marcar um golo em plena casa do Barcelona, ainda podia entender mas assim... não gosto, pronto.

Para além deste aspecto moral e absolutamente relativo, há outro ainda mais grave porque devia ser objectivo e não o é. O que é que determina ou não, em situações daquelas, que um ábitro interrompa a jogada e obrigue a equipa atacante a repetir o livre esperando que a outra se recomponha? É que todos nós já vimos também casos destes. Golos anulados e até jogadores a verem um cartão amarelo por isso... é muito dúbio. Como o Cláudio Ramos.

6 comentários:

B. disse...

Sinceramente acho o contrário.

O Sporting quer-se dar ao respeito na europa dos grandes, não se pode deixar comer nestes lances...

Não vês nenhuma equipa grande ser comida nestes lances... Ou um agarra a bola, ou outro mete-se lá encostado, qualquer coisa... Mas ser comido assim, é infantil...

O Barcelona deu uma aula aos gajos nesse lance...

melga mike disse...

Mas não existiu um lance na 2ª parte em que o árbitro não deixou o sepóringue (assim lhe chama o seu treinador) marcar um livre e até mostrou o apito?

Ai se fosse num jogo em Portugal... o que não diria o riscómei...

Júri Faustino disse...

Eu explico aquilo que creio ter aprendido da minha experiência, embora não esteja 100% seguro que as regras dizem isto. De qualquer modo, interiorizei o seguinte e resulta.
Quando há um livre, os jogadores da equipa que defende podem/devem pedir ao árbitro para fazer barreira. Quando o fazem, o árbitro deve avisar os jogadores que atacam, que o livre só deve ser marcado depois do apito (e depois, ele próprio mete-se para ali a medir 9,15m com as chuteiras até que esteja toda a gente no sítio).
Naturalmente, se previamente avisados, quem marcar o livre enquanto a barreira se forma (ou simplesmente antes do apito), leva cartão amarelo.
O que creio que acontece na maior parte das vezes, é que ninguém pede ao árbitro para fazer barreira (começam e pronto). E em muitas dessas vezes, o árbitro não avisa que o livre só deve ser marcado após o apito. Nesses casos (como em todos os outros livres no meio campo), é permitido marcar o livre rápido e tirar o máximo proveito disse (lixando equipas inexperientes ou desconcentradas - porque aquilo é apenas um jogo e os jogos são para ganhar).
Outro argumento moral para os livres marcados depressa. Os livres são marcados para punir uma falta, que é obviamente uma sanção por uma qualquer actuação que viola as regras. Na minha opinião, qualquer meio legal que sirva para prejudicar a equipa que fez falta, deve ser utilizado.
"Não queres que eu marque o livre rápido? Não faças falta!"

melga mike disse...

Louletano-Porto com Rosa Santos a apitar o quê?

Acho que o golo é do Domingos a passe do Kostadinov ou vice-versa, mas toda a gente viu na tv que a bola não estava parada. Estava até a saltitar ainda, acho.

POC disse...

Não é nenhuma falta de respeito.
Respeitar o adversário é jogar sempre no máximo.

POC disse...

(continuação)

Mesmo que do outro lado esteja o Cláudio Ramos.