Diego Forlán
Estava para escrever este post desde manhã. Como não o fiz... o B antecipou-se, e muito bem, nos elogios às Selecção do Uruguai em geral e a este senhor em particular.
Pessoalmente, confesso que neste momento o olhava - com muita pena! - como mais um daqueles que, embora tendo tido uma trajecto muito honroso, tinha "passado ao lado duma carreira brilhante".
Não sendo eu um craque das estatísticas e dos historiais (aliás, eu cada vez percebo menos de futebol!), a impressão que tenho da sua passagem pelo Manchester United foi a de que ele nunca se afirmou naquela equipa e que nunca lhe deram o devido valor. Ao vir para a Liga Espanhola jogar no Villareal e agora, aos 31 anos, estar a representar o Atlético de Madrid, para mim significava (mesmo estando consciente da sua contribuição fundamental para a vitória da Liga Europa) que ele já tinha entrado em plena "fase descendente" na sua carreira.
É tão bom sermos surpreendidos assim e poder continuar a acreditar que no futebol ainda há lugar para a experiência e para essa coisa tão romântica e em desuso que é a "maturidade de um jogador". Fez um enorme Campeonato. Para mim, é a grande figura deste Mundial. Mas isto sou eu, que gosto deste tipo de equipas e deste tipo de jogadores...
4 comentários:
E-NOR-ME!
Gosto tanto do jogador (o B. sabe...) que nem consigo ser recomendavelmente imparcial a falar dele.
É top-5 de avançados mundiais. Tenho dito.
Agora caiam em cima de mim à vontade.
Aqui há tempos li uma entrevista do gajo na qual contava o processo que ditou a sua saída do Man. Utd.
O gajo conta que ao início estava a ser difícil adaptar-se e ganhar o lugar, mas passados 3 meses marcou uns golos e estava em pleno crescimento na equipa.
Mas durante esse período, o Ferguson embirrava com ele por jogar com pitons de borracha em pleno inverno inglês. O Forlan dizia sempre que ia jogar de pitons de alumínio, mas à última hora punha borracha e entrava em campo.
Como as coisas estavam a correr bem, isto não passava de uma espécie de birra dele, e do Ferguson.
Mas um dia jogaram contra o Arsenal, chovia imenso, e o Forlan entrou em campo com pitons de borracha. Aos 3 min escorregou na pequena area e falhou um golo feito. O gajo conta que o velho ia morrendo de ataque cardíaco com os nomes que lhe chamou da linha lateral. O Forlan ainda tentou trocar de chuteiras, mas foi substituído antes de completar esse processo. Diz que nunca mais jogou e foi vendido na abertura de mercado seguinte.
Brutal!
Essa história bem famosa é algo que me transcende um pouco.
Ser castigado por falhar o golo por uma desobediência? CLARO que sim...
Correrem com um dos melhores avançados do mundo por causa disso? Calma... É um pouco demais.
Parece-me que essa história é a gota de água e não o problema em si.
Pena é que o Forlán foi quem mais perdeu com isso.
Provavelmente tens razão. Mas muita gente diz que o Ferguson é menino para fazer uns filmes desses.
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