09 setembro 2013

On Duty

Bom... agora que estou a gerir esta tasca sozinho, vou mesmo ter que saltar para trás do balcão.

Basicamente, depois do segundo golo do Chelsea hibernei durante o Verão e só acordei com o apito inicial do jogo de Alvalade. Preferia ter continuado a dormir.

Mas há que fazer pela vida e por isso este que vos escreve vestiu de novo o avental, arregaçou as mangas e está de novo, no meio dos tremoços, pronto para a luta.

Durante o tempo em que estive semi-ausente (trabalhar nos bastidores também conta, atenção!),  o Gordo sofreu alterações profundas. A principal das quais foi a criação do nosso Facebook.

Esse "pormenor" não só multiplicou (por muitos) o número de leitores diários como alterou por completo o seu perfil. Se associarmos a este facto a escrita mordaz e patife do meu sócio B., o resultado só podia ser aquilo que se vê: o conteúdo é neste momento do mais baixo que se pode encontrar e qualquer pateta nos entra pela porta adentro e escreve um comentário. FANTÁSTICO! :D

Durante todos estes anos lutámos diariamente contra os respectivos teclados para chegarmos precisamente a este nível de javardeira.

(reclino-me para trás na cadeira e esboço um sorriso)

Confesso temer o que me espera. Pouco entendo do futebol que hoje se comenta por aí. Do futebol racional e absurdamente teorizado. Quem já jogou futebol a sério (federado, com treinadores e árbitros e assim...) sabe que a maior parte deste jogo que nos apaixona a todos é... irracional. Talvez seja isso que o torna tão bonito.

Não falo apenas da irracionalidade do adepto, essa é óbvia. Falo daquilo que se passa dentro do campo, quando corremos com uma bola nos pés: não há tempo para pensar nos livros do Valdano ou nas opiniões do Freitas Lobo, as coisas saem e fluem sem se pensar. Principalmente as melhores.

Claro que o trabalho dos treinadores é importante, os treinos, os posicionamentos, etc.... mas cada vez tenho menos pachorra para as teorias da treta que estão a invadir o futebol moderno. Cada vez sou mais purista. O futebol é tanto mais bonito quanto mais se assemelha aos jogos na praceta da nossa infância. O futebol mais bonito é aquele que diverte os adeptos mas sobretudo os jogadores.

Em nome do futebol sem merdas e dos tempos em que aqui no Gordo ainda tínhamos sentimentos: voltei.

6 comentários:

Erk disse...

Welcome Back.

Tomé Silva disse...

Eu pensei que já tinhas morrido...

Por isso quero as flores que mandei ao teu (suposto) fineral de volta,que me custaram quase 2 euros.

Bem vindo M.C.

João Cardoso disse...

Epah alguém que pensa o Futebol da mesma forma que eu...Por vezes pensei que estava sozinho no Mundo, tendo eu jogado federado e em campeonatos Nacionais 12 anos, às vezes dava por mim a ouvir o Freitas de Lobo o João Rosado, o Rui Santos e outros que tais, e pensava que devia ser muito burro, pois em 12 anos não tinha aprendido nada. Quando eles vêm com as suas teorias técnico-tácticas e com as Histórias sobre os balneários, parece que estão a falar lá dos segredos do Vaticano.

Caros comentadores, o Futebol é pouco mais do que a soma das individualidades que compõem uma equipa a sua forma, física e psicológica. Os balneários cheiram a mijo, e quando lá estamos, temos tanta vontade de entrar em campo que a "táctica" nem a ouvimos. Ficamo-nos pela parte em que o "mister" diz o nosso nome aquando de enunciar a equipa titular.

Os treinos, servem para fazer apostas com os guarda-redes, se eles defenderem os nossos remates nós pagamos a mini...

lawrence disse...

Era desse futebol jogado no "rossio" e onde cada um tinha a liberdade de se "construir" que, depois de alguma lapidação, saíram os "diamantes" de outrora!
Agora, com 4 ou 5 anos, são enfiados em escolas de futebol onde se aprende todos os posicionamentos, marcações, desmarcações etc mas se perde a capacidade de criar!
Porque se fala agora que o novo craque do Glorioso deve jogar solto sem posição fixa?
Porque, se calhar, foi assim que ele cresceu!

Kiddo! disse...

A rua onde jogávamos futebol devia ter uma inclinação de 10%!! Não há táctica que resista a esta merda!! Atacar para baixo era sinónimo de joelhos em sangue!

jose disse...

La no adro a frente de casa.Porta da igreja era a baliza. Bola fora era igual a saltar entre um metro ou dois para a estrada, dependendo do local da saida. E a estrada era igual a carros a pasar nas horas....